criação de suínos

Procedimentos básicos para criação de suínos sadios

Para a realização de uma criação de suínos livre de doenças e parasitas e que proporcione uma boa qualidade dos animais, os criadores devem adotar alguns procedimentos de manejo das criações para ajudar a manter os animais saudáveis. A proteção dos suínos na proliferação de doenças é importante não apenas para uma boa saúde e bem-estar dos animais, mas também para a lucratividade das criações.

É importante a identificação precoce de sintomas de doenças e parasitoses para que os suínos sejam tratados o mais rápido possível, diminuindo a probabilidade de que possa contaminar o rebanho. Os animais devem ser observados diariamente em busca de sinais de doença ou parasitoses, isolando aqueles que apresentarem algum sintoma.

O monitoramento dos animais deve ser adotado principalmente para animais novatos na fazenda ou que tenham mantido contato externo com animais de outras fazendas. Nestes casos esses animais devem ser acomodados em uma área isolada antes de se misturarem novamente com o rebanho para que seja observado quanto a quaisquer sinais de doença que apresentem.

É importante saber o que procurar ao observar as criações de suínos em busca de sintomas de doenças ou parasitoses como: sonolência ou não quer se levantar; respiração com dificuldade; temperatura alterada; sinais de infecções parasitárias: (evidência de vermes no estrume e áreas vermelhas e ásperas ao redor dos cotovelos, orelhas ou papada).

Uma prática de segurança recomendada é minimizar o contato com rebanhos de outras fazendas e a adoção de uma boa higiene pelos tratadores dos animais ao manter contato com os animais, como lavar as mãos e usar vestimentas da fazenda e limpas, tratando primeiro os animais saudáveis e depois os animais em isolamento que possa estar portando alguma doença.

Um bom manejo das criações de suínos requer práticas adequadas, de maneira que os animais sejam tratados com tranquilidade e calma fazendo com que se acostumem ao contato humano, sem ter medo ou estresse. Deve também ser ministrando uma boa alimentação; observar as condições das instalações e espaço, além de outros aspectos de modo que o plantel se desenvolva saudável e produza mais e com melhor qualidade.

Instalações

Os suínos devem ser acondicionados em instalações seguras com material da superfície das baias de fácil limpeza e desinfecção para ajudar na prevenção de doenças e do bem-estar dos animais. Isso evita a contaminação por doenças e auxilia no bem-estar dos animais.

Após desocupar as instalações, é importante limpar e desinfetá-las para proteger a saúde dos próximos animais. Deve ser removida toda a matéria orgânica (esterco e cama) da área e lavá-la aplicando um desinfetante para ajudar a destruir quaisquer micróbios que ainda possam estar presentes. Permitir que a área seque completamente antes do reabastecimento com animais também ajudará a reduzir a carga de micróbios em suas instalações.

As instalações dos suínos devem ser ventiladas e possua um ar limpo para que a umidade não seja elevada, uma vez que os suínos são suscetíveis às doenças respiratórias. A concentração de amônia deve ser inferior a 10 ppm e não deve exceder 25 ppm. Esse monitoramento da concentração de amônia deve ser efetuado pelo menos a cada duas semanas.

O ambiente deve ser mantido com temperatura entre 10º e 25º C, de forma a proteger os animais do frio e do calor excessivo. O uso de ventiladores, aspersores e nebulizadores ajudam a resfriar em estações mais quentes.

Água limpa e alimentação balanceada.

O fornecimento de água limpa e abundante disponibilizada em bebedouros é essencial para a saúde e bem-estar dos animais assim como o fornecimento de uma alimentação saudável, suficiente e de fácil acesso com os nutrientes balanceados na proporção adequada para o desenvolvimento dos animais, observando as fases de reprodução ou gestação, maternidade, creche e terminação ou engorda.

Espaço.

Para que os animais possam se desenvolver saudáveis é básico a oferta de espaço suficiente para que os suínos possam se movimentar com liberdade contendo no ambiente substrato formados com materiais como palha ou serragem para que eles possam expressar o seu comportamento naturalmente curioso, podendo fuçar, bater com as patas e mascar.

Os animais devem ter acesso nas instalações a uma área de repouso de piso sólido e seco, com dimensão suficiente para que os animais possam se deitar. Quando ao ar livre os suínos devem ter acesso a áreas de repouso também de piso sólido e seco com espaços cobertos para proteger os animais de temperaturas excessivamente quentes os frias.

Antes e durante o período do parto as fêmeas devem ser acomodadas em alojamentos limpos e confortáveis, com espaço disponível suficiente o que favorece a saúde dos animais e o cuidado para que os leitões recém-nascidos não sofram esmagamento. As fêmeas devem ser alojadas em baias de gestação coletiva com acesso a material de cama formado por palhas, devendo permanecer na área de maternidade por pelo menos 28 dias após o nascimento dos leitões.

As enfermidades mais comuns nos suínos são:

Coccidiose suína: De modo geral, esta doença afeta com frequência os leitões, sendo causada por um protozoário, ela causa diarreia amarela e pastosa. Além disso, manifesta-se nos primeiros dias de vida dos suínos e põe em risco toda a leitada, uma vez que, causa redução no ganho de peso destes animais.

Peste suína clássica: A peste suína ou febre suína é ocasionada por um vírus e, atualmente, é a doença que causa os maiores prejuízos a suinocultura. Os sintomas da peste suína incluem febre alta, diarreia, manchas na pele, hemorragias, convulsões e dificuldade para locomoção. É transmitida através do contato direto com animais infectados, podendo ocorrer através do contato com instrumentos, veículos, agulhas e, roupas de trabalhadores que tiveram contato com animais doentes.

Doença de Aujeszky: Esta enfermidade é causada por um vírus, o qual fica alojado, principalmente, nas secreções nasais e saliva dos suínos. A transmissão ocorre por meio do contato direto com animais doentes, água e/ou alimentos infectados. Os sintomas dessa doença incluem: Problemas no sistema nervoso e respiratório dos animais; tremores; hipotermia; depressão; mortalidade nos leitões; pelos erriçados.

Se for observado algum sinal de doença no plantel, deve-se entrar em contato com um veterinário para obter orientação sobre como fazer o tratamento dos animais. Os suínos infectados devem ser retirados do rebanho e comunicar aos órgãos sanitários.

Ver também: USO DE ANTIBIÓTICOS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS.

 

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