análise do solo

Como coletar amostras de solo para análise de fertilidade

Para que se obtenha uma produção agrícola e pecuária com maior produtividade é necessário a realização periódica da coleta de amostras de solo para ser encaminhadas ao laboratório de análise de solos. A finalidade é determinar os níveis de nutrientes objetivando calcular a quantidade correta de calcário e fertilizantes a ser aplicado.

A análise das amostras de solo é um processo fácil e permite ao produtor rural monitorar várias características dos solos, garantindo assim maior eficácia no desenvolvimento das culturas.

De acordo com os resultados da análise dos solos é possível se determinar a sua fertilidade e realizar a correção necessária com a aplicação dos corretivo e fertilizantes necessários, garantido uma melhor produtividade e maior lucratividade das culturas.

Uma amostra de solo consiste em uma pequena porção de terra, pesando cerca de 300 gramas, suficiente para ser efetuada uma análise química e física em laboratório de análises de solos. A amostra de solo é pequena em relação à dimensão de solo que irá representar. Portanto, deve-se observar alguns procedimentos a serem realizados na coleta das amostras de solos. Com a amostragem, feita de maneira técnica, pretende-se chegar a uma cópia fiel do terreno que se deseja utilizar para implantação das culturas.

O que são amostras de solo

Amostras de solo são pequenas porções de terra que contém as características do solo que se deseja representá-lo nas análises feitas em laboratórios de análise de solos. Como ela é relativamente pequena diante de toda a extensão do solo que se quer representar, essa amostragem deve ser retirada de forma técnica e correta, para que os dados correspondam à realidade de todo o terreno.

Tipos de amostras de solo

Amostra de solo simples: é cada porção de solo retirada de apenas um ponto da área. É mais recomendada para a classificação do solo do que para a avaliação de sua fertilidade.

Amostra de solo composta: é a mistura homogênea de várias amostras simples. Cada amostra composta correspondente a uma gleba do terreno com cerca de 20 ha deve ter de 15 a 20 amostras simples. Esta é a recomendada para a análise da fertilidade do solo.

Época para realizar a coleta de amostras de solo

As amostras podem ser coletadas em qualquer época do ano, mas o momento ideal para retirar as amostras de solo é pelo menos 3 a 4 meses antes do plantio, para dar tempo de analisar o solo e aplicar na área o calcário quando for recomendado. As amostras de solos para análise devem ser repetidas anualmente.

Materiais e ferramentas para coletar as amostras de solo
amostras de solos
Foto UFPR

Para a retirada das amostras de solo simples, utiliza-se diversos tipos de equipamentos e ferramentas da fazenda como: trados, enxada, pá reta, enxadão, balde plástico e sacos plásticos. Todas as ferramentas e recipientes usados para a amostragem e embalagem da terra devem estar limpos e, principalmente, não devem conter resíduos de calcário ou fertilizantes.

Coleta das amostras de solo

Divisão do terreno: A propriedade deve ser separada em glebas ou talhões homogêneos, considerando os seguintes aspectos: tipo de solo (separar quando a área apresentar terra com diferença na cor), cor, textura, topografia (separar de acordo com a diferença na inclinação do terreno: o topo, a encosta, e a baixada), cultura, vegetação anterior e idade das plantas (separar a área em glebas com tipos diferentes de cobertura florestal, culturas anuais, culturas perenes com idades diferentes), erosão, drenagem e histórico do solo.

Deve-se separar a área em glebas, de modo que cada gleba seja identificada e tenha no máximo 20 hectares.

Para coleta das amostras simples deve-se caminhar em ziguezague por todo o terreno para a coleta das amostras. De cada gleba homogênea, deve-se coletar de 15 a 20 amostras simples para a composição de uma amostra composta. Um número maior de pontos de coleta proporcionará uma análise que reflete melhor toda a área do terreno, gerando resultados com maior representatividade.

Atenção para não coletar amostras em locais que possam alterar os resultados, tais como: formigueiros, depósito de adubo, esterco, calcário, palha ou qualquer material orgânico, perto de casas, estradas ou sulcos de erosão.

As amostras simples devem ser retiradas a uma profundidade de até 20 cm. O solo retirado deve ser reservado em um balde plástico limpo. Esse procedimento deve ser repetido para a coleta de todas as outras amostras. Lembre-se de retirar de cada um dos pontos de coleta a mesma quantidade de terra para cada amostra. Por fim são misturadas as amostras simples coletadas de diversos pontos de uma gleba até que fique bem homogêneo com a finalidade de formar uma amostra composta com cerce de 300 gramas.

Em lavouras permanentes, como café, mangueira, citros, a coleta deve ser realizada embaixo das copas, onde se concentra a maior parte das raízes e se aplicam os adubos. O número de amostras simples necessárias e os demais procedimentos são iguais aos recomendados para as culturas anuais.

Em solos que o excesso de acidez dificulta o crescimento das raízes, deve-se fazer a coleta de amostras de solos para análise abaixo da camada arável. Nestes casos a amostra deve ser coletada, de preferência com trado, na profundidade de 20-40cm. Primeiro se coleta a amostra de 0-20cm; em seguida, retira-se a terra da superfície que caiu dentro do buraco e, depois, aprofunde o trado até 40cm.

Antes de transferir essa amostra para o balde deve ser raspado a terra da lateral do trado e retirado também 2 a 3cm de terra da parte superior. Isso tudo é importante para evitar contaminações com a terra da superfície. A amostra do subsolo não deve ser misturada com a da superfície.

Preparação para o envio da amostra composta ao laboratório.

Da mistura composta depositada no balde, retira-se 300 gramas e a transfere para um saco plástico limpo. Depois é repetido todo o processo de amostragem em outra área ou gleba.

Identificação da amostra: No saco plástico é feita a identificação da amostra de solo contendo informações como: nome do proprietário, propriedade, gleba amostrada, profundidade da coleta do solo e data. É importante também que o proprietário tome nota e guarde o número de cada amostra e o local de onde o solo da amostra foi retirado. Tenha junto um mapa da propriedade, identificando as glebas amostradas. Assim, é possível acompanhar a evolução da fertilidade do solo a cada ano. Devidamente identificadas, as amostras devem, por fim, ser enviadas ao laboratório.

Ver também: COMO INTERPRETAR A ANÁLISE DO SOLO.

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