Sucos de frutas com baixa concentração de glicose
Os Sucos de frutas são fonte de minerais, vitaminas e antioxidantes que ajudam a reduzir o risco de doenças crônico-degenerativas; no entanto, o teor de sacarose pode elevar a glicose no sangue. Por conseguinte, pesquisadores da Universidade de Colima (UCOL), México, desenvolveram um método para a produção de bebidas com baixas concentrações de sacarose.
A inovação consiste em criar uma técnica para monitorar em tempo real a produção da proteína responsável pela bio-conversão da sacarose em uma fibra, e com isso abrir a possibilidade de sistemas de controle automático que permitam sua produção em escala industrial.
“Esta proteína é uma enzima chamada frutosiltransferase, a qual parte a sacarose em duas moléculas uma de glicose e outra de frutose para polimerizar (mesclar) as frutoses sobre uma molécula de sacarose e formar cadeias que o corpo não possa assimilar, mas sim a flora intestinal, por isso estes tipos de fibra são chamados de prebióticos “, afirmou o Dr. Em Ciências Vrani Ibarra Junquera, líder do projeto.
“Encontramos as variáveis mensuráveis em tempo real necessárias para produzir de maneira automática o organismo que produz a frutosiltransferase. Atualmente já se tem uma fonte contínua da enzima”.
O projeto foi denominado “Estratégia para a produção de sucos de frutas bioativos por conversão enzimática da sacarose em frutooligossacarídeos “. A proteína obtida foi testada em suco de banana e de laranja, mas pode ser aplicado em qualquer néctar rico em sacarose.
Sucos de frutas são fonte de minerais, vitaminas e antioxidantes.
“Os sucos de frutas são uma excelente fonte de antioxidantes e fornece vitaminas e minerais, mas seu alto teor de calorias faz com que não seja uma boa ideia tomar grandes quantidades, mas se for aplicada a proteína transformando a sacarose em uma fibra prebiótica seria saudável beber mais “, afirmou o especialista da UCOL.
Atualmente se trabalha num modelo de biorreatores para a produção da proteína, com a intenção de desenvolver controles automáticos que levem a fabricação em larga escala e reduza os custos. Além disso, com a incorporação de novos pesquisadores no grupo, se busca aumentar a estabilidade térmica da proteína, ou seja, que a maior temperatura permaneça estável.
Este trabalho foi realizado no Laboratório de Bioengenharia da UCOL. Também colaborou os Drs. José Juan Virgen Ortiz, Pilar Escalante Minakata e Juan Alberto Osuna Castro.
O projeto ganhou o Prêmio Nacional de Ciência e Tecnologia de Alimentos (PNCTA) 2015 na categoria Profissional em Ciência e Tecnologia de Bebidas, reconhecimento dado há 40 anos pelo Conacyt (Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (México) e a Indústria Mexicana de Coca-Cola para promover o desenvolvimento da ciência e promover avanços na indústria de alimentos e bebidas por meio da tecnologia e inovação.
Referência:
http://agroalimentando.com/nota.php?id_nota=4823
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