Novas tecnologias na agricultura através da utilização de drones e robôs.

Se até agora os sistemas de cultivo tinham avançado consideravelmente, nas próximas décadas a mudança será radical através da utilização de novas tecnologias. Uma das adições como uma ferramenta de trabalho serão os drones, pequenos aviões não tripulados, que estão começando a ser utilizados em alguns lugares, juntamente com robôs de diferentes formas e funções, bem como numerosas novas ferramentas e tecnologias que contribuirão para desenvolver e implementar uma nova agricultura.

Neste artigo, apresentamos algumas iniciativas, projetos, ferramentas e novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas e até mesmo testado ou implementadas em diferentes partes do mundo.

Novas tecnologias:

O robô que irá revolucionar a indústria do vinho.

VineRobot, é um robô terrestre único em suas características, dotado de sensores “não-invasivos” capazes de obter e transmitir informações sobre o estado da vinha com uma precisão nunca antes alcançada. Poderá determinar com total precisão que áreas da vinha devem ser regadas, e em que quantidades, o que influenciará numa produção de maior qualidade e também em economia de água. Foi desenvolvido pelo Grupo Televitis da Universidade de La Rioja.

Drones são usados para diagnósticos de nitrogênio em cultura do milho.

São utilizados drones para detectar as recomendações de adubação nitrogenada. O sistema consiste em tomar imagens aéreas, podendo ser analisadas e se estabelecer a metodologia de recomendação de adubo.

Um robô fertiliza os campos de milho nos Estados Unidos.

Rowbot é uma máquina autônoma capaz de aplicar o fertilizante certo quando a cultura mais precisa, evitando assim ter que usar tratores e reduzindo também a quantidade do produto necessário. Com o robô, também se consegue reduzir a quantidade de nitrogênio, com o consequente benefício para o meio ambiente. Desenvolvido por ROWBOT & CARNEGIE ROBOTICS.

Drones: revolução agrícola do ar.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan (MSU) estão usando o seu primeiro veículo aéreo não tripulado para ajudar os agricultores a maximizarem os rendimentos, mediante a melhoria da gestão do nitrogênio e da água e a redução do impacto ambiental, como a lixiviação de nitrato ou as emissões de óxido nitroso.

Desenvolvido um robô alimentado com energia solar para cultivar legumes.

Ladybird, é o nome do robô que através de suas câmaras analisa a umidade, realiza a análise do solo, verifique os nutrientes das plantas, detecta a existência de pragas ou avisar a presença de ervas daninhas, entre outros parâmetros. Desenvolvido pela Universidade de Sydney, Austrália.

Desenvolvido um robô para colher pimentões na estufa.

A Universidade de Wageningen (Holanda) desenvolveu um robô capaz de colher em estufa, de um modo totalmente autónomo, os pimentões que atingiram sua maturidade ideal. A localização dos pimentões é realizada através de duas câmaras que obtém todas as informações necessárias, com dados tridimensionais, sendo o braço do robô colocado na posição exata para cortar o pimentão. O robô já foi testado com sucesso em uma estufa comercial.

Um robô agricultor para melhorar a produção agrícola.

O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina criou um robô com inteligência artificial para estufas que visa melhorar a produção de cultivos intensivos em escala de produção mediante a gestão eficiente dos recursos e seu planejamento. Ele tem a capacidade de fazer mapas 3D, planejar suas atividades e fertilizar, cortar e podar entre outras atividades.

Drones para monitorar as ervas daninhas.

Um estudo internacional liderado pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CISC), Espanha, desenvolveu novas tecnologias através de um sistema que detecta o crescimento de ervas daninhas em cultivos extensivos mediante veículos aéreos não tripulados. O sistema e seu equipamento, geram imagens multiespectrais de ultra alta resolução espacial combinada com o uso de sensores remotos que capturam no espectro visível e infravermelho próximo e com diferentes algoritmos de análise de imagens que permitem distinguir as ervas daninhas das plantas cultivadas.

As ervas daninhas presentes em cultivos competem por luz, espaço, água e nutrientes com as culturas, o que provoca importantes perdas. Uma das ferramentas mais utilizadas para controlar as ervas daninhas na agricultura, hoje, é a aplicação de herbicidas não só onde estão distribuídas as ervas daninhas, mas em todo o campo da cultura. Cerca de 70% do campo não precisa de tratamento com herbicida, de modo que a aplicação fitossanitária de forma generalizada origina custos desnecessários e impacto ambiental desnecessários.

Ver também: APLICATIVOS AGRÍCOLAS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL.

Referências:

http://www.agroalimentando.com/nota.php?id_nota=157