Os morcegos desempenham um papel fundamental para a saúde dos ecossistemas terrestres. Para se ter uma ideia de sua importância, eles são os maiores reflorestadores naturais do planeta, além de predadores de um vasto número de pragas agrícolas e vetores de doenças.
Os morcegos são animais mamífero que apresentam uma fina membrana de pele entre os dedos, a qual se estende até as patas e se conecta às laterais do corpo, formando as asas.
Os morcegos abrangem 21 famílias e 237 gêneros. São pelo menos 1 447 espécies, possuindo uma enorme variedade de formas e tamanhos e uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.
O parasitismo por morcegos não chega a ser muito intenso para as plantas. Há duas formas básicas de interação entre morcegos e as plantas que desperta mais interesse, tanto pela sua frequência quanto pela sua grande importância ecológica: a polinização e a dispersão de sementes.
Por conta da dieta baseada principalmente em frutas e por seus voos noturnos, os morcegos são importantes polinizadores e dispersores de sementes. Cumprem esse papel de forma mais eficiente que as aves. Isso é essencial para garantir a saúde e a diversidade da flora e da fauna.
Na polinização, os morcegos visitam flores para consumir néctar, e acabam por transportar o pólen de uma flor a outra da mesma espécie, ajudando assim na reprodução das plantas visitadas, como fazem de dia os beija-flores e as abelhas. Algumas plantas, como algumas espécies de agave (matéria-prima da tequila), dependem fortemente de morcegos para sua polinização.
Na dispersão de sementes, os morcegos pegam frutos de diferentes plantas para comer e, ao fazerem isso, ingerem ou carregam as sementes, dependendo do tamanho. Com isso eles transportam as sementes por longas distâncias, ajudando também na reprodução das plantas e na colonização de novas áreas.
Outro serviço prestado pelos morcegos é o controle de pragas e insetos transmissores de doenças. Os morcegos são conhecidos por consumir até o dobro do seu peso corporal em insetos durante uma noite. Isso os torna controladores naturais desses bichos, muitos dos quais pragas causadoras de danos à silvicultura e à agricultura. Com a presença do morcego, a necessidade de utilizar pesticidas é significativamente reduzida, além da diminuição de mosquitos;
As fezes dos morcegos constituem excelente adubo natural com altos níveis de nitrogênio (guano). Foram intensamente exploradas até ao desenvolvimento de adubos industriais. O solo que é deficiente em matéria orgânica pode tornar-se mais produtivo com a adição desses excrementos, fonte de nutrientes em muitas cavernas, portanto os morcegos sustentam muitos desses ecossistemas.
Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contato com seres humanos. O perigo de transmissão de raiva se resume aos locais onde essa doença é endêmica, dos poucos casos relatados anualmente em algumas localidades, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Porém, na maioria dos lugares, especialmente nas cidades, os principais transmissores da raiva ainda são cães e gatos.
Um morcego raivoso apresenta comportamento estranho e anormal – eles ficam deitados no chão. Então, quando uma pessoa vai removê-lo, pode ser mordida. Portanto, ao encontrar um morcego no chão, não deve tocá-lo.
Algumas espécies de morcegos estão ameaçadas pela perda de habitat, através do uso de pesticidas, mudança climática, danos a locais de abrigo.
Agricultores e pecuaristas desempenham um papel fundamental na ajuda aos morcegos. Deve ser adotado uma variedade de ações de conservação para os produtores ajudar a melhorar o habitat através de um melhor manejo florestal.
Ver também: A IMPORTÂNCIA DOS PÁSSAROS, ABELHAS E BORBOLETAS PARA A AGRICULTURA.
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morcego#Classifica%C3%A7%C3%A3o