Manejo Integrado para combate as pragas que atacam as lavouras

A sociedade moderna exige comida variada e de boa qualidade, isso implica um desafio para os agricultores de frutas, legumes e grãos, uma vez que devem produzir o suficiente para lucrar e ao mesmo tempo evitar contaminação do produto.

O manejo integrado de combate as pragas que atacam as lavouras é uma ferramenta importante na condução das lavouras, pois propõe alternativas de controle que não se limitam apenas ao uso de produtos químicos.

O uso de pesticidas para tratar culturas é uma opção que é aplicada após realizar monitoramento de campo e avaliar o nível de dano causada pelas pragas. Os agrotóxicos devem ser utilizados de acordo com as recomendações técnicas, indicado nas embalagens dos produtos.

A segurança dos alimentos vegetais produzidos é fortalecida pela aplicação do adequado manejo das pragas, o qual representa um apoio para o desenvolvimento do domínio de boas práticas agrícolas, permitindo que se manuseie pesticidas somente quando necessário e apropriado, evitando assim a elevação dos custos de produção, a contaminação das pessoas, alimentos e o meio ambiente em geral.

O manejo integrado de pragas nas lavouras, que com a devida assistência técnica e aprofundamento do mesmo, levará a melhores resultados no desenvolvimento da agricultura e proteção do meio ambiente.

O manejo integrado de pragas prioriza a prevenção e os tratamentos não químicos, requerendo mudança, na forma como os agricultores controlam pragas em suas lavouras. É um desafio, que implica a convicção não só dos produtores, mas também dos técnicos, instituições, empresas públicas e privadas bem como todos os participantes da atividade agrícola.

A elaboração de um plano de atividades deve preceder a implementação de um programa de manejo integrado de pragas. O plano deve ser elaborado antes da semeadura e deve incluir os métodos de controle que serão utilizados com as pragas que atacam a cultura, isso implica estabelecer tempos, tarefas, materiais, produtos químicos e outros que sejam considerados importantes. Este plano ordena o trabalho a ser feito, embora não seja necessariamente a única ferramenta para a tomada de decisões.

Medidas a serem adotadas para um bom manejo de pragas.

As medidas para combate as pragas que atacam os cultivos agrícolas, devem ser tomadas desde o início do plantio, pois as pragas podem estar presentes mesmo antes do plantio da cultura. Uma vez plantada a cultura o manejo de pragas será baseado em observações de campo e no conhecimento adquirido sobre as pragas que atacam a cultura e as diferentes opções de controle.

Prevenção

A identificação e o diagnóstico precoce do problema são fundamentais no controle de pragas, bem como para tomar a melhor decisão caso seja necessário o uso de agrotóxicos. As culturas devem ser inspecionadas regularmente quanto à atividade de pragas e possíveis danos.

É importante que o agricultor possa reconhecer e entender que tipo de pragas afetaram sua lavoura no passado e que tipo de trabalho deve ser aplicado para controlar tais pragas. Algumas considerações e atividades que devem ser levadas em conta para a prevenção tais como: escolha da variedade para plantar; manter registros de ocorrências de pragas; realizar a rotação de culturas; realizar a remoção de restolho; realizar a irrigação e fertilização adequadas; efetuar o controle de ervas daninhas dentro e fora da lavoura; identificar e proteger os insetos benéficos.

Identificação e monitoramento de pragas

A base para a tomada de decisão no manejo de pragas é a identificação correta do problema, se for feito de forma incorreta, será muito difícil aplicar uma estratégia de controle eficaz. A forma mais fácil de identificação é quando há dano à planta e a praga que o causa é encontrada.

A dificuldade em identificar a praga causadora do problema é superada aprendendo os tipos de danos e as evidências encontradas, como coloração específica da folhagem, murcha, altura da planta onde o dano está localizado, cortes nas folhas e caules, vestígios ou restos encontrados, etc.

O uso de feromônios ou armadilhas luminosas visa estabelecer a presença e posterior identificação de um inseto, bem como os locais com maior concentração do mesmo. A identificação e contagem de plantas atacadas no campo podem ser feitas por meio de unidades de área, como o metro quadrado ou maiores.

Ação de combate as pragas

O nível de dano econômico, causado por uma praga, ocorre quando ela causa danos à cultura, superiores ao custo de seu controle. As ações devem ser tomadas antes que a praga atinja tal nível, razão pela qual é utilizado o conceito de limite de ação ou ponto em que as atividades de supressão da praga devem ser realizadas, a fim de evitar o aumento do nível de dano causado.

É necessário estabelecer para cada cultura e praga um nível tolerável de dano econômico, um ponto em que ainda não haja perdas econômicas, mas é necessário tratamento para controlar o problema. Qualquer que seja esse nível de dano, ele deve ser determinado antes que a praga o atinja.

Com amplo conhecimento da cultura e das pragas, pode-se definir o período em que a planta é mais vulnerável ao ataque e identificar quando a praga é mais sensível ao controle.

Caso seja necessário o uso de defensivos para combate as pragas, devem ser selecionados aqueles que melhor se adaptam à situação, preferencialmente aqueles recomendados de acordo com o folheto técnico, para uma grande variedade de culturas, isso reduz o risco de danificar acidentalmente uma cultura tratada, e também reduz o número de produtos para comprar e armazenar.

Se possível, os pesticidas devem ser adquiridos em pequenas embalagens para que possam ser totalmente utilizados e consumidos na fase de crescimento. Deve ser dado preferência a agrotóxicos que não exijam um longo período de espera entre a aplicação e a colheita, e a autorização exista quando a produção estiver pronta.

Use pesticidas apenas quando necessário e nas taxas recomendadas no folheto técnico. Para o uso dos defensivos agrícolas autorizados pelos órgãos de controle, recomendamos o suporte técnico através de consulta à profissionais autônomos da área agronômica ou disponibilizados nos órgãos de assistência técnica.

Ver também: PRAGAS E FUNGOS QUE ATACAM AS HORTAS, POMARES E JARDINS.

Referências:

University of Kentucky

College of Agriculture,

Food and Environment